sábado, 15 de junho de 2013

Situação de Aprendizagem 1


Situação de Aprendizagem - Texto Meu Primeiro Beijo - Antônio Barreto

Público Alvo: turmas do 9° ano do ENSINO FUNDAMENTAL II.

Objetivos:desenvolver habilidades de leitura de textos narrativos; despertar a sensibilidade para o texto literário; desenvolver a habilidade de interpretação escrita. As diferentes etapas têm como objetivo ajudar o professor a preparar várias aulas em que o texto narrativo, seja lido para os alunos, pelos alunos e com os alunos.

1º passo: Preparando a leitura
 Ativação de conhecimento de mundo; antecipação ou predição; checagem de hipóteses.

Investigar o que o aluno pensa sobre o título;
Perguntar aos alunos se já beijaram;
Obter informações sobre o autor;
Perguntar se já leram ou pesquisaram sobre o autor Antonio Barreto;
Falar de outros textos que leram do mesmo assunto.
Mostrar aos alunos imagens de beijos.


Escultura “O beijo” (1887), do artista francês Auguste Rodin


O Beijo, de Gustav Klimt.


Antes da leitura inicial o professor fará um breve comentário de que o texto que será lido é um trecho do livro Balada do primeiro amor de Antônio Barreto, onde a protagonista é uma garota chamada Larissa que relata uma experiência importante de sua vida. 

2º passo: Aquecendo para a leitura
Fazer inferências locais e globais 

Apresentar a biografia de Antonio Barreto;
Utilizar recurso multimídia sobre o referido autor, se possível.

Biografia de Antonio Barreto (Antonio de Pádua Barreto Carvalho) nasceu em Passos (MG) em 13 de junho de 1954. Reside em Belo Horizonte desde 1973. Morou também em algumas cidades do Oriente Médio, onde trabalhou como projetista de Engenharia Civil, na construção de estradas, pontes e ferrovias. Tem vários prêmios nacionais e internacionais de literatura, para obras inéditas e publicadas, nos gêneros: poesia, conto, romance e literatura infanto-juvenil. Entre eles: Prêmio Jabuti (Câmara Brasileira do Livro - três vezes, oito vezes indicado), Bolsa Vitae de Literatura, Prêmio Remington, Bienal Nestlé de Literatura, Prêmio Minas de Cultura, Prêmio Nacional de Contos do Paraná, Prêmio “Guimarães Rosa” de romance, Prêmio “Emílio Moura” de poesia, Prêmio “Cidade de Belo Horizonte” - poesia e contos, Prêmio “João-de-Barro” de literatura infantil e juvenil , Prêmio “Carlos Drummond de Andrade” e “Manuel Bandeira” de poesia, UBE (SP), UBE (PE), UBE(RJ); Prêmio “Henriqueta Lisboa”, Prêmio “Petrobrás” de Literatura, Prêmio Nacional de Literatura/UFMG, Prêmio Bienal do Livro de BH, Prêmio Bienal Internacional do Livro de SP, Prêmios de “Leitura Altamente Recomendável” para crianças e jovens/FNLIJ-RJ, Prêmio “Tereza Martin” de Literatura, Prêmio Internacional da Paz/Poesia (ONU), Prêmio “Ezra Jack Keats” da Unesco/Unicef (EUA), Prêmios/ Obras/Catálogo do IBBY (Unesco) e Prêmios/Obras/Catálogos Bienais Internacionais do Livro de Bratislava, Barcelona, Bolonha, Frankfurt e Cidade do México. Participa também de várias antologias nacionais e estrangeiras de poesia e contos. Foi redator do Suplemento Literário do Minas Gerais, articulista e cronista do jornal Estado de Minas e da revista “Morada” (BH). Colabora com textos críticos, poemas e artigos de opinião para “El Clarín” (Buenos Aires), “Ror” (Barcelona); “Zidcht” (Frankfurt), “Somam” (Bruxelas); ” : e outros periódicos. Atualmente coordena a Coleção “Para Ler o Mundo”, da Formato Editori.

Principais obras publicadas:
 Poesia: O sono provisório (Francisco Alves, 78); Vastafala (Scipione, 88)
Contos: Os ambulacros das holotúrias/Reflexões de um caramujo (UFMG, 90/93)
Romance: A barca dos amantes (Lê, 90); A guerra dos parafusos (José Olympio, 93) Infantis e Juvenis: Lua no varal e Isca de pássaro é peixe na gaiola (Miguilim, 87, 89); A noite é um circo sem lona (Record, 87); Livro das simpatias (RHJ, 90); Bombeiros do sol, com Graça Sette (José Olympio, 97); Brincadeiras de anjo, Tem um avião lá fora, O velho pássaro da lua e Balada do primeiro amor (FTD, 87, 87, 96, 97)
Crônicas: Transversais do Mundo (Lê, 99)
A sair: Zoonário (Mercuryo, 01), O menino que não sonhava só (Mercuryo, 01).


3º passo:Saboreando o texto

Distribuir cópias do texto para os alunos;
Ler em voz alta, com entonação e ênfase tendo o prazer de desvendar o texto em suas particularidades.

Meu Primeiro Beijo
É difícil acreditar, mas meu primeiro beijo foi num ônibus, na volta da escola. E sabem com quem? Com o Cultura Inútil! Pode? Até que foi legal. Nem eu nem ele sabíamos exatamente o que era "o beijo". Só de filme. Estávamos virgens nesse assunto, e morrendo de medo. Mas aprendemos. E foi assim...
Não sei se numa aula de Biologia ou de Química, o Culta tinha me mandado um dos seus milhares de bilhetinhos:

" Você é a glicose do meu metabolismo.
Te amo muito!
Paracelso"

E assinou com uma letrinha miúda: Paracelso. Paracelso era outro apelido dele. Assinou com letrinha tão minúscula que quase tive dó, tive pena, instinto maternal, coisas de mulher...E também não sei por que: resolvi dar uma chance pra ele, mesmo sem saber que tipo de lance ia rolar.
No dia seguinte, depois do inglês, pediu pra me acompanhar até em casa. No ônibus, veio com o seguinte papo:
- Um beijo pode deixar a gente exausto, sabia? - Fiz cara de desentendida.
Mas ele continuou:
- Dependendo do beijo, a gente põe em ação 29 músculos, consome cerca de 12 calorias e acelera o coração de 70 para 150 batidas por minuto. - Aí ele tomou coragem e pegou na minha mão. Mas continuou salivando seus perdigotos:
- A gente também gasta, na saliva, nada menos que 9 mg de água; 0,7 mg de albumina; 0,18 g de substâncias orgânica; 0,711 mg de matérias graxas; 0,45 mg de sais e pelo menos 250 bactérias...
Aí o bactéria falante aproximou o rosto do meu e, tremendo, tirou seus óculos, tirou os meus, e ficamos nos olhando, de pertinho. O bastante para que eu descobrisse que, sem os óculos, seus olhos eram bonitos e expressivos, azuis e brilhantes. E achei gostoso aquele calorzinho que envolvia o corpo da gente. Ele beijou a pontinha do meu nariz, fechei os olhos e senti sua respiração ofegante. Seus lábios tocaram os meus. Primeiro de leve, depois com mais força, e então nos abraçamos de bocas coladas, por alguns segundos.
E de repente o ônibus já havia chegado no ponto final e já tínhamos transposto , juntos, o abismo do primeiro beijo.
Desci, cheguei em casa, nos beijamos de novo no portão do prédio, e aí ficamos apaixonados por vária semanas. Até que o mundo rolou, as luas vieram e voltaram, o tempo se esqueceu do tempo, as contas de telefone aumentaram, depois diminuíram...e foi ficando nisso. Normal. Que nem meu primeiro beijo. Mas foi inesquecível!

BARRETO, Antonio. Meu primeiro beijo. Balada do primeiro amor. São Paulo: FTD, 1977. p. 134-6.

Durante a leitura: Produção de inferências locais; produção de inferências globais. 
Enquanto se lê o texto, fazer as respectivas perguntas aos alunos:
a) Que momento é esse?
b) Quando e onde aconteceu?
c) Com quem ela viveu essa experiência?



4º passo: Entrelaçando leituras coletiva
Localização de informações; comparação de informação e generalização.

Organizar a sala em grupos para comentarem o texto;
Socializar o assunto do texto com situações vividas pelos alunos, perguntando:
Na sua opinião a garota estava apaixonada quando beijou?
Chamar a atenção para as marcas da oralidade, construção da narrativa, do diálogo e vocabulário das personagens;
Discutir oralmente com os alunos:
  • Vocês já conheciam esse texto?
  • O que acharam dele?
  • Qual o tema tratado no texto?
  • A seu ver, qual o público alvo desse texto? Explique.
5º passo: Desdobrando para outros momentos
Recuperação do contexto de produção; definição de finalidades e metas de leitura


Fazer comparações com outros textos, propondo a intertextualidade;
Pesquisar outros textos que falem do primeiro beijo;
Pesquisar outros gêneros que retratem o mesmo assunto, por exemplo, música, poesia, HQ;
Música do Roberto Carlos –“O grande amor da minha vida” (o amor e o beijo vistos de outra forma);
Relacionar os textos a algumas obras de arte, tanto a pintura como a escultura.


6º passoPercepção das relações de intertextualidade; percepção das relações de interdiscursividade.

Distribuir copias com a letra da música "Beija eu", de Marisa Monte:

Beija Eu

Marisa Monte

Seja eu!
Seja eu!
Deixa que eu seja eu
E aceita
O que seja seu
Então deita e aceita eu...
Molha eu!
Seca eu!
Deixa que eu seja o céu
E receba
O que seja seu
Anoiteça e amanheça eu...
Beija eu!
Beija eu!
Beija eu, me beija
Deixa
O que seja ser...
Então beba e receba
Meu corpo no seu
Corpo eu, no meu corpo
Deixa!
Eu me deixo
Anoiteça e amanheça...
Seja eu!
Seja eu!
Deixa que eu seja eu
E aceita
O que seja seu
Então deita e aceita eu...
Molha eu!
Seca eu!
Deixa que eu seja o céu
E receba
O que seja seu
Anoiteça e amanheça eu...
Aaaaah! ah ah ah ah! ah!
Ah! ah ah ah!
Ah! ah ah ah!
Ah ah ah!...
Beija eu!
Beija eu!
Beija eu, me beija
Deixa
O que seja ser...
Então beba e receba
Meu corpo no seu
Corpo eu, no meu corpo
Deixa!
Eu me deixo
Anoiteça e amanheça...
Aaaah! Aaaaah!
Oh oh oh oh oh oh!
Oh oh oh oh oh oh!
Aaaah! Aaaaah
Oh oh oh oh oh oh!
Oh oh oh oh oh oh!
Aaaah! Aaaaah
Oh oh oh oh oh oh!...

Após ouvirem a letra da música de Marisa Montes, fazer aos alunos a seguinte pergunta:
1- Qual a intertextualidade existente entre o texto e a música?

Apresentar também aos alunos outra poesia agora de Olavo Bilac, "Um beijo":

Um beijo - Olavo Bilac

Foste o beijo melhor da minha vida,
ou talvez o pior...Glória e tormento,
contigo à luz subi do firmamento,
contigo fui pela infernal descida!

Morreste, e o meu desejo não te olvida:
queimas-me o sangue, enches-me o pensamento,
e do teu gosto amargo me alimento,
e rolo-te na boca malferida.

Beijo extremo, meu prêmio e meu castigo,
batismo e extrema-unção, naquele instante
por que, feliz, eu não morri contigo?

Sinto-me o ardor, e o crepitar te escuto,
beijo divino! e anseio delirante,
na perpétua saudade de um minuto.

7º passoDesdobrando para outras linguagens

Percepção de outras linguagens; elaboração de apreciações estéticas e/ou afetivas; elaboração de apreciações relativas e valores éticos e/ou políticos.

Debater épocas e valores éticos, moralidade:
Perguntar: Por que o garoto tinha o apelido de cultura inútil?A garota conseguiu o que queria? Foi correto beijar num ônibus? O que é correto em se tratando de beijo, amor?
Comparar com épocas diferentes e/ou valores diferentes.
O amor muda ou a forma de relacionamento?
Vocês acham que o beijo, hoje em dia, está banalizado? Por quê?
Culturalmente, o beijo era praticado entre pessoas que tinham um relacionamento sério. O que os jovens do século XXI pensam sobre isso? 

Após esse questionamento, pode-se acrescentar a leitura de outros textos, para apreciação do tema:


O PRIMEIRO BEIJO - CLARICE LISPECTOR

Ao ler o título deste conto, o leitor tem reações adversas...o nome parece adolescente, mas é um conto de Clarice Lispector! A escritora intensa, apaixonante, "adulta". Clarice Lispector deixou bem claro neste conto, que os jovens têm direito a leitura de boa qualidade mesmo com temas simples ou da sua fase de vida.
O jovem casal de namorados está vivendo um momento único: o primeiro beijo. Como em muitos relacionamentos, surge um sentimento de posse e a namorada quer saber se foi também a primeira boca beijada pelo amado; muitas vezes, as pessoas exigem do parceiro aquilo que ela está entregando.
Para recordar a sua primeira experiência o namorado recorre a um recurso literário muito interessante, o Flashback, a volta ao passado. Numa tarde de viagem com a turma da escola, a janela aberta do ônibus permitia que uma brisa leve tocasse seu rosto, penetrasse em seus cabelos como se fossem dedos de uma mãe. Aquele "carinho" do vento aos poucos seca a boca do rapaz, que sente a vida se esvaindo junto com a água que perde. Nada mais sensual do que usar o vento como representação do sexo e a água como símbolo da vida.
Já quase morto de sede, uma sede subjetiva, não apenas física, o jovem encontra a salvação quando durante uma parada do ônibus, vê no meio de uma praça um chafariz que jorra água pela boca.
Correndo mais do que qualquer outro, ele cola sua boca à boca da estátua feminina e recupera aos poucos a "vida" que lhe fora tirada pelo vento que secou sua boca. A partir deste momento, várias interpretações são permitidas, inclusive a perda da inocência, justificada pelas definições do rapaz da sua vergonha e das mudanças ocorridas no seu corpo naquele momento intenso.
Ao constatar que "se tornara homem" o adolescente descobre que o amor transforma um menino em um homem de verdade.
Mais do que uma narrativa sobre um beijo primeiro, Clarice Lispector brinda o leitor com um conto que define o conceito de boa literatura para qualquer idade e para qualquer geração, já que o que ultrapassa as barreiras do tempo se torna clássico e, portanto, imortal.


MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS (CAPÍTULO XIV: O PRIMEIRO BEIJO
Machado de Assis

Tinha dezessete anos; pungia-me um buçozinho que eu forcejava por trazer a bigode. Os olhos, vivos e resolutos, eram a minha feição verdadeiramente máscula. Como ostentasse certa arrogância, não se distinguia bem se era uma criança, com fumos de homem, se um homem com ares de menino. Ao cabo, era um lindo garção, lindo e audaz, que entrava na vida de botas e esporas, chicote na mão e sangue nas veias, cavalgando um corcel nervoso, rijo, veloz, como o corcel das antigas baladas, que o romantismo foi buscar ao castelo medieval, para dar com ele nas ruas do nosso século. O pior é que o estafaram a tal ponto, que foi preciso deitá-lo à margem, onde o realismo o veio achar, comido de lazeira e vermes, e, por compaixão, o transportou para os seus livros.
Sim, eu era esse garção bonito, airoso, abastado; e facilmente se imagina que mais de uma dama inclinou diante de mim a fronte pensativa, ou levantou para mim os olhos cobiçosos. De todas porém a que me cativou logo foi uma... uma... não sei se diga; este livro é casto, ao menos na intenção; na intenção é castíssimo. Mas vá lá; ou se há de dizer tudo ou nada. A que me cativou foi uma dama espanhola, Marcela, a linda Marcela, como lhe chamavam os rapazes do tempo. E tinham razão os rapazes. Era filha de um hortelão das Astúrias; disse-mo ela mesma, num dia de sinceridade, porque a opinião aceita é que nascera de um letrado de Madri, vítima da invasão francesa, ferido, encarcerado, espingardeado, quando ela tinha apenas doze anos.
Cosas de España. Quem quer que fosse, porém, o pai, letrado ou hortelão, a verdade é que Marcela não possuía a inocência rústica, e mal chegava a entender a moral do código. Era boa moça, lépida, sem escrúpulos, um pouco tolhida pela austeridade do tempo, que lhe não permitia arrastar pelas ruas os seus estouvamentos e berlindas; luxuosa, impaciente, amiga de dinheiro e de rapazes. Naquele ano, morria de amores por um certo Xavier, sujeito abastado e tísico, — uma pérola.
Vi-a pela primeira vez, no Rocio Grande, na noite das luminárias, logo que constou a declaração da independência, uma festa de primavera, um amanhecer da alma pública. Éramos dois rapazes, o povo e eu; vínhamos da infância, com todos os arrebatamentos da juventude. Vi-a sair de uma cadeirinha, airosa e vistosa, um corpo esbelto, ondulante, um desgarre, alguma coisa que nunca achara nas mulheres puras. — Segue-me, disse ela ao pajem. E eu segui-a, tão pajem como o outro, como se a ordem me fosse dada, deixei-me ir namorado, vibrante, cheio das primeiras auroras. A meio caminho, chamaram-lhe linda Marcela, lembrou-me que ouvira tal nome a meu tio João, e fiquei, confesso que fiquei tonto.
Três dias depois perguntou-me meu tio, em segredo, se queria ir a uma ceia de moças, nos Cajueiros. Fomos; era em casa de Marcela. O Xavier, com todos os seus tubérculos, presidia ao banquete noturno, em que eu pouco ou nada comi, porque só tinha olhos para a dona da casa. Que gentil que estava a espanhola! Havia mais uma meia dúzia de mulheres, — todas de partido —, e bonitas, cheias de graça, mas a espanhola... O entusiasmo, alguns goles de vinho, o gênio imperioso, estouvado, tudo isso me levou a fazer uma coisa única; à saída, à porta da rua, disse a meu tio que esperasse um instante, e tornei a subir as escadas.
— Esqueceu alguma coisa? perguntou Marcela de pé, no patamar.
— O lenço.
Ela ia abrir-me caminho para tornar à sala; eu segurei-lhe nas mãos, puxei-a para mim, e dei-lhe um beijo. Não sei se ela disse alguma coisa, se gritou, se chamou alguém; não sei nada; sei que desci outra vez as escadas, veloz como um tufão, e incerto como um ébrio.


Finaliza-se as atividades com o Vídeo da música de Roberto Carlos, "O Grande Amor da Minha Vida":

O Grande Amor da Minha Vida
 (Roberto Carlos)

A primeira vez em que eu te vi
Eu nunca me esqueci daquele dia
Tão cheio de ternura e de alegria
Começava o nosso grande amor
Havia tanta paz no seu olhar
E amor no seu sorriso de menina
O sentimento a gente não domina
Quando se percebe um grande amor
Percebi então que o seu olhar
Alguma coisa me dizia
Tanta coisa linda
Tudo aquilo que meu coração queria
Tanta emoção
No coração já não podia ser contida
Pois eu acabava de encontrar
O grande amor da minha vida
Num dia inesquecível te encontrei
Nos abraçamos demoradamente
Depois nós nos olhamos longamente
Sabendo o que era ter um grande amor
Palavras lindas cheias de emoção
Diziam o quanto a gente já se amava
Mais perto cada vez eu te falava
Que a gente respirava o mesmo ar
Te beijei na boca e percebi
Que era o seu primeiro beijo
Respeitei você, sua inocência
E ignorei o meu desejo
Como uma criança
Não cabia em mim tanta felicidade
E como um adulto
Eu não podia acreditar que era verdade
E esse amor que um dia nos uniu
E enche a nossa vida de alegria
Com beijos como aquele todo dia
A gente não se cansa de lembrar
Te beijei na boca e percebi 
Que era seu primeiro beijo
Respeitei você, sua inocência
E ignorei o meu desejo
Como uma criança
Não cabia em mim tanta felicidade
E como um adulto
Eu não podia acreditar que era verdade


Finalizando...

INTERDISCIPLINARIDADE

Pode-se pedir aos alunos que relacionem alguns conteúdos do texto com a matéria de ciências (comentar sobre calorias, metabolismo, hormônios, glicose, etc) para ampliar a atividade anterior.
Maristela Aparecida Brunini

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